Sal no Ferro

Neste Monumento Natural local estão preservadas mais de 700 pias salineiras de dimensões e formas variadas (sub-retangular, trapezoidal e semicircular) construídas acima da linha de preia-mar, por forma a não serem inundadas diretamente pelo mar.

Neste geossítio, as pias ocorrem talhadas em xisto, rocha menos permeável e com maior capacidade térmica do que o granito onde também são conhecidos estes registos (Monumento Natural Local Cemitério de Praias Antigas do Alcantilado de Montedor).

As pias salineiras eram usadas para produção de sal, para tal os produtores transportavam a água do mar até às pias. Com o passar do tempo, o calor do sol e o vento permitiam a evaporação da água aumentando a concentração de sal que se agrupava em cristais, obtendo-se um sal grosso não refinado.

Com ocupação conhecida pelo menos desde a idade do Ferro (período que antecedeu a romanização), a população da Cidade Velha e de outros povoamentos locais já subsistia da agricultura e pecuária, pelo que a produção de sal era essencial para a conservação de carne, presumindo-se as pias da mesma idade.

Vários destes achados encontram-se hoje submersos durante a preia-mar, indicando-nos que há cerca de quatro a cinco mil anos, durante a idade do Ferro, o nível do mar estaria, provavelmente, cerca de 1 a 2 metros abaixo da posição atual. Desta forma, estas relíquias são indicadores da posição e evolução da linha de costa ao longo do tempo geológico recente.


Referências Bibliográficas:

Almeida, Carlos Alberto Brochado (2009). Sítios que Fazem História - Arqueologia do Concelho de Viana do Castelo. Viana do Castelo: Câmara Municipal de Viana do Castelo.

Carvalhido (2018). Livro de Pedra, Monumentos Naturais Locais de Viana do Castelo – Catálogo. Câmara Municipal de Viana do Castelo, 2ª edição.

Costa, M.; Machado, J.; Lopes, H. & Almeida, T. (2012). Pias Salineiras da Praia do Canto Marinho: Inventário Arqueológico. Cadernos Vianenses, 46, 95–111.

Neste Monumento Natural local estão preservadas mais de 700 pias salineiras de dimensões e formas variadas (sub-retangular, trapezoidal e semicircular) construídas acima da linha de preia-mar, por forma a não serem inundadas diretamente pelo mar.

Neste geossítio, as pias ocorrem talhadas em xisto, rocha menos permeável e com maior capacidade térmica do que o granito onde também são conhecidos estes registos (Monumento Natural Local Cemitério de Praias Antigas do Alcantilado de Montedor).

As pias salineiras eram usadas para produção de sal, para tal os produtores transportavam a água do mar até às pias. Com o passar do tempo, o calor do sol e o vento permitiam a evaporação da água aumentando a concentração de sal que se agrupava em cristais, obtendo-se um sal grosso não refinado.

Com ocupação conhecida pelo menos desde a idade do Ferro (período que antecedeu a romanização), a população da Cidade Velha e de outros povoamentos locais já subsistia da agricultura e pecuária, pelo que a produção de sal era essencial para a conservação de carne, presumindo-se as pias da mesma idade.

Vários destes achados encontram-se hoje submersos durante a preia-mar, indicando-nos que há cerca de quatro a cinco mil anos, durante a idade do Ferro, o nível do mar estaria, provavelmente, cerca de 1 a 2 metros abaixo da posição atual. Desta forma, estas relíquias são indicadores da posição e evolução da linha de costa ao longo do tempo geológico recente.


Referências Bibliográficas:

Almeida, Carlos Alberto Brochado (2009). Sítios que Fazem História - Arqueologia do Concelho de Viana do Castelo. Viana do Castelo: Câmara Municipal de Viana do Castelo.

Carvalhido (2018). Livro de Pedra, Monumentos Naturais Locais de Viana do Castelo – Catálogo. Câmara Municipal de Viana do Castelo, 2ª edição.

Costa, M.; Machado, J.; Lopes, H. & Almeida, T. (2012). Pias Salineiras da Praia do Canto Marinho: Inventário Arqueológico. Cadernos Vianenses, 46, 95–111.

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Localização

Canto Marinho

Coordenadas

Lat: 41,7281405

Long: -8,8709958

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Na área do Monumento Natural das Gotas Magmáticas do Canto Marinho ocorrem mais de 700 pias salineiras de idade pré-romana (Costa et al., 2012) que para além da importância arqueológica, são um indicador paleoambiental importante do período pré-romano, e permitem indicar que há cerca de 4 a 5 mil anos o nível do mar estaria 1 a 2 metros abaixo da posição atual (Carvalhido, 2018).

As pias ou gamelas foram talhadas nas rochas através de um processo de picagem, possuindo diversas formas irregulares desde o sub-retangular, trapezoidal ou mesmo semicircular de pouca profundidade, entre 5 a 10 cm (Almeida, 2009).

As pias ou gamelas estavam localizadas sempre acima da linha de preia-mar, de forma a não inundarem diretamente. Estas eram enchidas transportando água do mar até elas que com o passar do tempo, o calor do sol e o vento permitiam a evaporação da água aumentando a concentração de sal que se agrupava em cristais obtendo-se um sal grosso não refinado (Costa et al., 2012).

Estes achados arqueológicos podem ser encontrados ao longo da costa litoral de Viana do Castelo, contudo neste local as pias ou gamelas foram talhadas em xisto, rocha mais impermeável e com maior capacidade térmica do que o granito onde também são conhecidos estes registos (MNL Alcantilado de Montedor, MNL Ribeira da Anha).

Referências e artigos científicos

Almeida, Carlos Alberto Brochado (2009). Sítios que Fazem História - Arqueologia do Concelho de Viana do Castelo. Viana do Castelo: Câmara Municipal de Viana do Castelo.

Carvalhido (2018). Livro de Pedra, Monumentos Naturais Locais de Viana do Castelo – Catálogo. Câmara Municipal de Viana do Castelo, 2ª edição.

Costa, M.; Machado, J.; Lopes, H. & Almeida, T. (2012). Pias Salineiras da Praia do Canto Marinho: Inventário Arqueológico. Cadernos Vianenses, 46, 95–111.

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