Um dos melhores exemplos de sistemas dunares do norte de Portugal.
O sistema dunar do Rodanho localiza-se na freguesia de Vila Nova de Anha, a sul do rio Lima, onde predomina a costa arenosa que permite o desenvolvimento de campos dunares contínuos.
Consiste num sistema dunar bem desenvolvido com uma mata adjacente, com elevada diversidade de habitats. As dunas estendem-se cerca de 200 a 250 metros para o interior, ao longo 2 quilómetros de costa. Este é um espaço relativamente bem conservado, apresentando estabilidade temporal. O sistema dunar Rodanho/Amorosa constitui um dos melhores exemplos de sistemas dunares do norte de Portugal, quer pela sua extensão, quer pelo grau de conservação.
Nesta zona, a pressão humana é reduzida, contudo, manifesta-se principalmente pelo pisoteio e, indiretamente, pela presença de espécies exóticas, nomeadamente chorão (Carpobrotus edulis) e acácia-de-espigas (Acacia longifolia).
Neste local, inserido na ZEC Litoral Norte, ocorrem os habitats constantes da Directiva Habitats:
- 2110 - Dunas móveis embrionárias
- 2120 - Dunas móveis do cordão litoral com Ammophila arenaria («dunas brancas»)
- 2180 - Dunas arborizadas das regiões atlântica, continental e boreal
- 2190 - Depressões húmidas intradunares e os habitats prioritários
- 2130* - Dunas fixas com vegetação herbácea («dunas cinzentas») - habitat prioritário
- 91E0* - Florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior (Alno-Padion, Alnion incanae, Salicion albae) - habitat prioritário.
O sistema dunar do Rodanho localiza-se na freguesia de Vila Nova de Anha, a sul do rio Lima, onde predomina a costa arenosa que permite o desenvolvimento de campos dunares contínuos.
Consiste num sistema dunar bem desenvolvido com uma mata adjacente, com elevada diversidade de habitats. As dunas estendem-se cerca de 200 a 250 metros para o interior, ao longo 2 quilómetros de costa. Este é um espaço relativamente bem conservado, apresentando estabilidade temporal. O sistema dunar Rodanho/Amorosa constitui um dos melhores exemplos de sistemas dunares do norte de Portugal, quer pela sua extensão, quer pelo grau de conservação.
Nesta zona, a pressão humana é reduzida, contudo, manifesta-se principalmente pelo pisoteio e, indiretamente, pela presença de espécies exóticas, nomeadamente chorão (Carpobrotus edulis) e acácia-de-espigas (Acacia longifolia).
Neste local, inserido na ZEC Litoral Norte, ocorrem os habitats constantes da Directiva Habitats:
- 2110 - Dunas móveis embrionárias
- 2120 - Dunas móveis do cordão litoral com Ammophila arenaria («dunas brancas»)
- 2180 - Dunas arborizadas das regiões atlântica, continental e boreal
- 2190 - Depressões húmidas intradunares e os habitats prioritários
- 2130* - Dunas fixas com vegetação herbácea («dunas cinzentas») - habitat prioritário
- 91E0* - Florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior (Alno-Padion, Alnion incanae, Salicion albae) - habitat prioritário.
Localização
O sistema dunar do Rodanho localiza-se na freguesia de Vila Nova de Anha, a sul do rio Lima.
Coordenadas
Lat: 41,670056
Long: -8,824472
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Biodiversidade
Biodiversidade
Nos sistemas dunares, em geral, por constituírem ambientes biologicamente rigorosos, em que a colonização vegetal é dificultada pela mobilidade do substrato, vento, variabilidade térmica, elevada permeabilidade do solo e gradiente salino, apenas os organismos muito especializados conseguem sobreviver, enfrentando desafios como:
- Submersão por água salgada;
- Risco de enterramento;
- Dificuldade em obter água doce;
- Obtenção de nutrientes pelas plantas;
- Grandes amplitudes térmicas diárias.
Em diferentes zonas da duna, podem encontrar-se diferentes espécies, que ocorrem tipicamente naqueles locais e que apresentam adaptações específicas para a sua sobrevivência, sendo percetível uma zonação de espécies.
O feno-das-areias (Elymus farctus) é a primeira espécie a instalar-se no processo de formação de uma duna e funciona como obstáculo ao vento que deposita os sedimentos que transporta, formando a duna embrionária. Nalguns locais pouco perturbados, pode surgir uma pré-duna colonizada por carqueja-mansa (Cakile maritima).
No caso deste sistema dunar, apenas uma pequena área entre a praia do Rodanho e o Cabedelo apresenta duna embrionária, já que a erosão acentuada tem levado à sua destruição, verificando-se um cordão dunar truncado, no qual a duna frontal está também muito ameaçada.
Na duna frontal, que, tipicamente, surge logo atrás da duna embrionária, a espécie dominante é o estorno (Ammophila arenaria), desenvolvendo-se também nesta zona outras espécies como Silene littorea, a mama-leite (Euphorbia portlandica), o cardo-marítimo (Eryngium maritimum), o lírio-das-areias (Pancratium maritimum), entre outras.
Para lá do topo da duna frontal do Rodanho, forma-se um ambiente mais seco e abrigado do vento - sistema dunar interior – onde se desenvolve uma comunidade vegetal bastante mais complexa, com o desenvolvimento de plantas anuais e arbustivas, devido à maior estabilidade do substrato arenoso. Esta comunidade vegetal é dominada pela madorneira (Artemisia campestris) e pela perpétua-das-areias (Helichrysum italicum), ocorrendo ainda povoamentos de vúlpia (Vulpia alopecurus), erva-pichoneira (Corynephorus canescens), Medicago marina, goivinho-da-praia (Malcomia littorea), a ansarina (Linaria polygalifolia) e o morrião-azul (Anagalis monelli), entre outras.
Na zona mais afastada do mar, ocorre um sistema florestal aberto, onde predomina a colonização por pinheiro-bravo (Pinus pinaster) – dunas arborizadas. Contudo, a colonização por parte de espécies exóticas, como a acácia-de-espigas (Acacia longifolia), tem aumentado de forma considerável.
Associada ao aparecimento da primeira flora vascular, ocorre também uma significativa diversidade de fauna, sendo os insectos e caracóis os animais mais frequentes neste ecossistema. Algumas das espécies que podem ser encontradas nas dunas do Rodanho são a borboleta-das-eufórbias (Hyles euphorbiae), o gafanhoto-das-areias (Sphingonotus candidus subsp. lusitanicus) e o caracol-pequeno (Theba pisana).
Ocorrem também diversas espécies de répteis e anfíbios, como o sardão (Timon lepidus) e sapos (Epidalea calamita e Pelobates cultripes); mamíferos, como o rato-do-capo (Apodemus sylvaticus), a doninha (Mustela nivalis), a raposa (Vulpes vulpes), a gineta (Genetta genetta), o coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus) e o ouriço-cacheiro (Erinaceus europaeus); aves, como o borrelho-de-coleira-interrompida (Charadrius alexandrinus), entre outros grupos biológicos.
Muitos animais apresentam características que lhes permitem sobreviver neste ambiente, como colorações e formas que lhes possibilitam confundir-se com a areia ou as folhas – camuflagem – ou colorações vistosas que avisam para o seu mau paladar e toxicidade e afastam potenciais predadores - aposematismo.
Descubra algumas das espécies que podem ser encontradas neste local, no separador "Multimédia".
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