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Turfeiras das Chãs de Arga

Sempre a subir: 800 metros em 80 milhões de anos!

A Serra de Arga e respetivas geoformas

O planalto da Serra de Arga: uma grande forma do relevo.

A altitude do planalto da Serra de Arga, cerca de 800 metros, é coincidente com a dos sectores rochosos mais bem conservados e mais regulares do interior da Península Ibérica (esq. A).

A intensa erosão que afetou este território produziu uma vasta superfície aplanada, próxima do nível do mar, há cerca de 80 milhões de anos (esq. BA). Posteriormente, a ação tectónica levantou essa superfície, designada genericamente por Meseta Ibérica, até à altitude a que se encontra atualmente (esq. BB). Com o tempo, parte da mesma desapareceu devido aos processos de erosão e de incisão fluvial. O topo aplanado da Serra de Arga é uma rara expressão da altitude a que foi elevada a Península Ibérica por ação tectónica nos últimos 80 milhões de anos. A Serra de Arga constitui assim um relevo residual granítico, uma grande forma de relevo com significado muito especial.

Geoformas de pequena dimensão.

No planalto da Serra de Arga, e em particular na área das Turfeiras das Chãs de Arga, destacam-se geoformas de pequena dimensão cuja génese se encontra relacionada com diversos fatores: o tipo de rocha predominante - neste caso o granito -, a rede de fraturas, a meteorização e a erosão.

O processo de meteorização foi particularmente ativo sob condições de clima subtropical ou temperado a quente que dominaram a Península Ibérica até há cerca de 2.5 milhões de anos. Originam-se assim geoformas do tipo bolas de granito, penhas, formas em pedestal, tafoni, pias, fendas e sulcos lineares que se destacam na paisagem (esq. C e Figs. 1 a 6). As geoformas resultaram da remoção de grandes quantidades de rocha desagregada durante o processo de levantamento da superfície inicialmente situada próxima do nível do mar até à posição atual.

O aspeto mais marcante da morfologia granítica local é conferido pelo desenvolvimento de uma fraturação subhorizontal, conhecida por pseudo-estratificação (Fig. 4). A pseudo-estratificação isola placas de rocha sobrepostas entre fraturas, apresentando, por vezes, uma abertura considerável. Estas características geomorfológicas, em especial a abertura nítida das fraturas subhorizontais, bem como o desenvolvimento dos pequenos alvéolos e a existência turfeiras, permitem considerar a evolução mais recente da paisagem em condições de clima periglaciário nos últimos 2.5 milhões de anos. Nos períodos mais frios, as variações térmicas sucessivas que originam ciclos de gelo e degelo, facilitaram a fraturação das rochas.

O planalto da Serra de Arga: uma grande forma do relevo.

A altitude do planalto da Serra de Arga, cerca de 800 metros, é coincidente com a dos sectores rochosos mais bem conservados e mais regulares do interior da Península Ibérica (esq. A).

A intensa erosão que afetou este território produziu uma vasta superfície aplanada, próxima do nível do mar, há cerca de 80 milhões de anos (esq. BA). Posteriormente, a ação tectónica levantou essa superfície, designada genericamente por Meseta Ibérica, até à altitude a que se encontra atualmente (esq. BB). Com o tempo, parte da mesma desapareceu devido aos processos de erosão e de incisão fluvial. O topo aplanado da Serra de Arga é uma rara expressão da altitude a que foi elevada a Península Ibérica por ação tectónica nos últimos 80 milhões de anos. A Serra de Arga constitui assim um relevo residual granítico, uma grande forma de relevo com significado muito especial.

Geoformas de pequena dimensão.

No planalto da Serra de Arga, e em particular na área das Turfeiras das Chãs de Arga, destacam-se geoformas de pequena dimensão cuja génese se encontra relacionada com diversos fatores: o tipo de rocha predominante - neste caso o granito -, a rede de fraturas, a meteorização e a erosão.

O processo de meteorização foi particularmente ativo sob condições de clima subtropical ou temperado a quente que dominaram a Península Ibérica até há cerca de 2.5 milhões de anos. Originam-se assim geoformas do tipo bolas de granito, penhas, formas em pedestal, tafoni, pias, fendas e sulcos lineares que se destacam na paisagem (esq. C e Figs. 1 a 6). As geoformas resultaram da remoção de grandes quantidades de rocha desagregada durante o processo de levantamento da superfície inicialmente situada próxima do nível do mar até à posição atual.

O aspeto mais marcante da morfologia granítica local é conferido pelo desenvolvimento de uma fraturação subhorizontal, conhecida por pseudo-estratificação (Fig. 4). A pseudo-estratificação isola placas de rocha sobrepostas entre fraturas, apresentando, por vezes, uma abertura considerável. Estas características geomorfológicas, em especial a abertura nítida das fraturas subhorizontais, bem como o desenvolvimento dos pequenos alvéolos e a existência turfeiras, permitem considerar a evolução mais recente da paisagem em condições de clima periglaciário nos últimos 2.5 milhões de anos. Nos períodos mais frios, as variações térmicas sucessivas que originam ciclos de gelo e degelo, facilitaram a fraturação das rochas.

Localização

Sra. do Minho, Montaria

Coordenadas

Lat: 41,800616

Long: -8,688339

Legenda
Tema
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