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Cascatas do Poço Negro

A origem das Cascatas do Poço Negro

O Monumento Natural Local (52 ha) está localizado na freguesia da Areosa, a montante da Quinta da Boa Viagem (superfície de Vila Fria, 50 m) e desenvolve-se até à zona de Além do Rio, uma superfície estrutural desenvolvida a 160 m de altitude e que nesta localização tem o seu maior desenvolvimento (Superfície de Além do Rio, 160 m) (Carvalhido & Pereira, 2015).

O ribeiro do Pêgo que atravessa a arriba maior da serra de Sta Luzia segundo NE-SW, apresenta-se em troço muito encaixado, típico de zonas de cabeceira, assumindo a peculiaridade de ocorrer a pouco mais de 1500 m da praia atual. O curso do Pêgo apresenta um desnível médio de 12,5% (~51º). A análise geomórfica assinala vários knickpoints importantes no curso principal, a que correspondem sucessões de cascatas naturais (várias com poços).

A área montante do geossítio preserva a captura fluvial Bouças – Pêgo, 2 por efeito do basculamento da Superfície de Além do Rio para sul (Carvalhido, 2012, 2015). O efeito da erosão remontante a partir da bacia do Lima e o provável controlo estrutural da falha do Pêgo (inversa; a norte) estão envolvidos no efeito de basculamento desta superfície e na captura observada.

Sob o ponto de vista do interesse geocultural, há a assinalar os sulcos no pavimento granítico das cascatas e que foram produzidos pela abrasão continuada dos rodados dos carros de tração animal de transporte aos vários moinhos de água da área.


Referências Bibliográficas:

Carvalhido, R. & Pereira, D. (2015). Contributo dos índices geomórficos para o conhecimento da geomorfologia do Litoral do Noroeste de Portugal. VII Congresso Nacional de Geomorfologia, Livro de Atlas IX, Associação Portuguesa de Geomorfólogos, Lisboa. ISSN: 978-989-96462-6-1.

Carvalhido (2012). O Litoral Norte de Portugal (Minho-Neiva): evolução paleoambiental quaternária e proposta de conservação do património geomorfológico. Tese de Doutoramento, Universidade do Minho, 564 p.

O Monumento Natural Local (52 ha) está localizado na freguesia da Areosa, a montante da Quinta da Boa Viagem (superfície de Vila Fria, 50 m) e desenvolve-se até à zona de Além do Rio, uma superfície estrutural desenvolvida a 160 m de altitude e que nesta localização tem o seu maior desenvolvimento (Superfície de Além do Rio, 160 m) (Carvalhido & Pereira, 2015).

O ribeiro do Pêgo que atravessa a arriba maior da serra de Sta Luzia segundo NE-SW, apresenta-se em troço muito encaixado, típico de zonas de cabeceira, assumindo a peculiaridade de ocorrer a pouco mais de 1500 m da praia atual. O curso do Pêgo apresenta um desnível médio de 12,5% (~51º). A análise geomórfica assinala vários knickpoints importantes no curso principal, a que correspondem sucessões de cascatas naturais (várias com poços).

A área montante do geossítio preserva a captura fluvial Bouças – Pêgo, 2 por efeito do basculamento da Superfície de Além do Rio para sul (Carvalhido, 2012, 2015). O efeito da erosão remontante a partir da bacia do Lima e o provável controlo estrutural da falha do Pêgo (inversa; a norte) estão envolvidos no efeito de basculamento desta superfície e na captura observada.

Sob o ponto de vista do interesse geocultural, há a assinalar os sulcos no pavimento granítico das cascatas e que foram produzidos pela abrasão continuada dos rodados dos carros de tração animal de transporte aos vários moinhos de água da área.


Referências Bibliográficas:

Carvalhido, R. & Pereira, D. (2015). Contributo dos índices geomórficos para o conhecimento da geomorfologia do Litoral do Noroeste de Portugal. VII Congresso Nacional de Geomorfologia, Livro de Atlas IX, Associação Portuguesa de Geomorfólogos, Lisboa. ISSN: 978-989-96462-6-1.

Carvalhido (2012). O Litoral Norte de Portugal (Minho-Neiva): evolução paleoambiental quaternária e proposta de conservação do património geomorfológico. Tese de Doutoramento, Universidade do Minho, 564 p.

Localização

Bacia Hidrográfica da Ribeira do Pêgo, freguesia da Areosa

Coordenadas

Lat: 41,7326475

Long: -8,8471995

Legenda
Tema
Ponto de interesse

Temas

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Recuperação Ecológica

Pelo Presidente da Câmara foi apresentada a proposta que seguidamente se transcreve:- "PROPOSTA - Protocolo de Cooperação no âmbito do Progama de Reabilitação de Áreas Classificadas do concelho de Viana do Castelo - Responsabilidade ambiental no âmbito das áreas classificadas do concelho de Viana do Castelo"

-No âmbito da Estratégia Municipal para a Conservação da natureza, plano inscrito na Agenda de Ambiente e Biodiversidade em curso para o quadriénio 2017-2021, a Câmara Municipal elaborou o Programa de Reabilitação Ecológica das Áreas Classificadas do concelho, nesta 1ª fase, com incidência em 5 dos 13 Monumentos Naturais, áreas únicas para o conhecimento da história geológica da Península Ibérica desde há mais de 500 milhões de anos e que fazem parte da candidatura que o Município está a preparar para reconhecimento de território Geoparque Mundial da UNESCO. Viana do Castelo é um território rico do ponto de vista do Património Natural e Cultural, com cerca de 4.800 hectares especificamente designados para a proteção de habitats da fauna e da flora (3 sítios de importância comunitária da Rede Natura 2000), sendo o único concelho do país com o inventário do património geológico concluído e devidamente classificado com 13 monumentos naturais, perfazendo uma área total de cerca de 2.832 hectares. O programa de recuperação que foi elaborado sustentou uma candidatura ao PO SEUR, com aprovação do valor global de investimento de 500 mil euros, financiado a 85%, com implementação em 2020 e 2021. As intervenções de recuperação ecológica que se pretendem realizar preveem ações de erradicação e controlo de espécies exóticas, principalmente de Acacia dealbata (Mimosa), Acacia longifolia (Acácia-de-espigas) e Acacia Melanoxylon (Austrália), Carpobrotus edulis (chorão das praias), Arundo donax (cana gigante), Trandescantia fluminencis (erva-da-fortuna ou tradescância) e Cortaderia selloana (erva das pampas ou plumas). Para além destas ações, sustentadas num inventário exaustivo realizado pelo Município para aquelas espécies, o programa inclui ações de promoção de literacia científica à população e a densificação da estratégia de Ciência Cidadã do Município, alargando a plataforma Bioregisto à cartografia de vegetação invasora, em colaboração com o Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra (invasoras.pt). Complementarmente, estão previstas ações de plantação nas áreas a intervencionar ecologicamente, nomeadamente espécies nativas como o Carvalho, o Pinheiro, o Pilriteiro, a Azinheira, a Bétula ou a Urze, entre outras, no âmbito do Ano Municipal da Recuperação da Floresta Nativa Portuguesa, atualmente em curso. Por forma a garantir a perenidade do sucesso da intervenção e o investimento realizado, o programa de reabilitação prevê o envolvimento do tecido social e empresarial, e no âmbito da responsabilidade ambiental das instituições, por forma a que estas se possam responsabilizar pela manutenção da qualidade ecológica do todo ou de partes das áreas classificadas do concelho de Viana do Castelo. O programa de reabilitação ecológica das áreas classificadas de Viana do Castelo - 1ª fase - foi realizado com a colaboração das Juntas de Freguesia de Afife, Carreço, Darque, Vila Nova de Anha e de Santa Marta de Portuzelo, e ainda com as Uniões de Freguesia de Mazaferes e Vila Fria e União de Freguesias de Viana do Castelo (Santa Maria Maior e Monserrate) e Meadela. Foram igualmente parceiras a Associação de Caçadores de Vila Nova de Anha e a Comissão Diretiva dos Baldios da Montaria.

Pelo Presidente da Câmara foi apresentada a proposta que seguidamente se transcreve:- "PROPOSTA - Protocolo de Cooperação no âmbito do Progama de Reabilitação de Áreas Classificadas do concelho de Viana do Castelo - Responsabilidade ambiental no âmbito das áreas classificadas do concelho de Viana do Castelo"

-No âmbito da Estratégia Municipal para a Conservação da natureza, plano inscrito na Agenda de Ambiente e Biodiversidade em curso para o quadriénio 2017-2021, a Câmara Municipal elaborou o Programa de Reabilitação Ecológica das Áreas Classificadas do concelho, nesta 1ª fase, com incidência em 5 dos 13 Monumentos Naturais, áreas únicas para o conhecimento da história geológica da Península Ibérica desde há mais de 500 milhões de anos e que fazem parte da candidatura que o Município está a preparar para reconhecimento de território Geoparque Mundial da UNESCO. Viana do Castelo é um território rico do ponto de vista do Património Natural e Cultural, com cerca de 4.800 hectares especificamente designados para a proteção de habitats da fauna e da flora (3 sítios de importância comunitária da Rede Natura 2000), sendo o único concelho do país com o inventário do património geológico concluído e devidamente classificado com 13 monumentos naturais, perfazendo uma área total de cerca de 2.832 hectares. O programa de recuperação que foi elaborado sustentou uma candidatura ao PO SEUR, com aprovação do valor global de investimento de 500 mil euros, financiado a 85%, com implementação em 2020 e 2021. As intervenções de recuperação ecológica que se pretendem realizar preveem ações de erradicação e controlo de espécies exóticas, principalmente de Acacia dealbata (Mimosa), Acacia longifolia (Acácia-de-espigas) e Acacia Melanoxylon (Austrália), Carpobrotus edulis (chorão das praias), Arundo donax (cana gigante), Trandescantia fluminencis (erva-da-fortuna ou tradescância) e Cortaderia selloana (erva das pampas ou plumas). Para além destas ações, sustentadas num inventário exaustivo realizado pelo Município para aquelas espécies, o programa inclui ações de promoção de literacia científica à população e a densificação da estratégia de Ciência Cidadã do Município, alargando a plataforma Bioregisto à cartografia de vegetação invasora, em colaboração com o Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra (invasoras.pt). Complementarmente, estão previstas ações de plantação nas áreas a intervencionar ecologicamente, nomeadamente espécies nativas como o Carvalho, o Pinheiro, o Pilriteiro, a Azinheira, a Bétula ou a Urze, entre outras, no âmbito do Ano Municipal da Recuperação da Floresta Nativa Portuguesa, atualmente em curso. Por forma a garantir a perenidade do sucesso da intervenção e o investimento realizado, o programa de reabilitação prevê o envolvimento do tecido social e empresarial, e no âmbito da responsabilidade ambiental das instituições, por forma a que estas se possam responsabilizar pela manutenção da qualidade ecológica do todo ou de partes das áreas classificadas do concelho de Viana do Castelo. O programa de reabilitação ecológica das áreas classificadas de Viana do Castelo - 1ª fase - foi realizado com a colaboração das Juntas de Freguesia de Afife, Carreço, Darque, Vila Nova de Anha e de Santa Marta de Portuzelo, e ainda com as Uniões de Freguesia de Mazaferes e Vila Fria e União de Freguesias de Viana do Castelo (Santa Maria Maior e Monserrate) e Meadela. Foram igualmente parceiras a Associação de Caçadores de Vila Nova de Anha e a Comissão Diretiva dos Baldios da Montaria.

A manutenção e recuperação ecológica deste Monumento Natural está a cargo de:
BorgWarner

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