Há mais de 540 milhões de anos o território que hoje pisamos estava próximo do hemisfério sul, à latitude atual de Buenos Aires. A partir de um processo semelhante ao que hoje se pode observar no oriente africano com a formação do rift intracontinental e o surgimento dos Grandes Lagos, há cerca de 500 milhões de anos ter-se-á dado a formação e a extensão do oceano primitivo – o Rheic – entre o continente Gondwana e o microcontinente Avalónia. Neste processo de oceanização depositaram-se primeiro, areias de margem, que ainda registam as ôndulas típicas da corrente marinha, as laminações ou os traços da atividade biológica de trilobites e arenícolas, e depois os lodos, indicadores de maior profundidade.
A partir do Devónico inferior e até ao Carbónico inferior (390-370 Ma) o oceano Rheic encurtou até se extinguir no decorrer da colisão continental entre o Laurentia, o Avalónia e o Gondwana.
Decorrente da colisão continental, o encurtamento dos materiais e o calor gerado pelas tensões e pelos volumes de magmas gerados, os sedimentos do Rheic desidrataram, endureceram, dobraram e em alguns casos sofreram transportes de vários quilómetros a partir da localização inicial, processos decorridos a mais de 5 km de profundidade formando xistos e meta-conglomerados, e quartzitos.
Há mais de 540 milhões de anos o território que hoje pisamos estava próximo do hemisfério sul, à latitude atual de Buenos Aires. A partir de um processo semelhante ao que hoje se pode observar no oriente africano com a formação do rift intracontinental e o surgimento dos Grandes Lagos, há cerca de 500 milhões de anos ter-se-á dado a formação e a extensão do oceano primitivo – o Rheic – entre o continente Gondwana e o microcontinente Avalónia. Neste processo de oceanização depositaram-se primeiro, areias de margem, que ainda registam as ôndulas típicas da corrente marinha, as laminações ou os traços da atividade biológica de trilobites e arenícolas, e depois os lodos, indicadores de maior profundidade.
A partir do Devónico inferior e até ao Carbónico inferior (390-370 Ma) o oceano Rheic encurtou até se extinguir no decorrer da colisão continental entre o Laurentia, o Avalónia e o Gondwana.
Decorrente da colisão continental, o encurtamento dos materiais e o calor gerado pelas tensões e pelos volumes de magmas gerados, os sedimentos do Rheic desidrataram, endureceram, dobraram e em alguns casos sofreram transportes de vários quilómetros a partir da localização inicial, processos decorridos a mais de 5 km de profundidade formando xistos e meta-conglomerados, e quartzitos.
Colisão das placas continentais
Movimento das placas continentais entre 500 e 350 milhões de anos atrás
Localização
Praia Norte
Coordenadas
Lat: 41,6969394
Long: -8,8508353
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UM OCEANO EM PEDRA COM 400 MILHÕES DE ANOS
A Península Ibérica faz parte do domínio interno da Cadeia Varisca que se estende por mais de 3000 km, desde Marrocos até ao norte da Boémia. Resultou da aproximação e colisão, a partir do Devónico Médio, da porção NO da Gondwana (atual território africano) e a Laurentia – Báltica, separados pelo Tethis, e cuja posição de fecho corresponde à zona de sutura marcada pelo cisalhamento Porto-Tomar. O levantamento da Cadeia Varisca demorou mais de 70 Ma, tendo um caráter polifásico e zonal consoante as características do vetor de aproximação dos dois supercontinentes envolvidos nas estruturas do Maciço Ibérico, permitindo a definição de várias zonas geotectónicas com base nas diferentes características paleogeográficas, tectónicas, metamórficas e magmáticas evidenciadas por cada setor (Matte & Ribeiro, 1975; Dias & Ribeiro, 1995). A tectogénese foi acompanhada por metamorfismo regional e por magmatismo, que afetou sobretudo as zonas internas.
Referências Bibliográficas:
Carvalhido, R. (2012). O Litoral Norte de Portugal (Minho-Neiva): evolução paleoambiental quaternária e proposta de conservação do património geomorfológico. Universidade do Minho.
Matte, P. & Ribeiro, A. (1975). Forme et orientation de l'ellipsoïde de déformation dans la virgation hercyenne de Galice. Relations avec le plissement et hypothèses sur la genèse de l'árc ibéro-armoricain. C. R. Acad. Sc. Paris, 280.
Dias, R. & Ribeiro, A. (1995). The Ibero-Armorican Arc: A collision effect against an irregular continent? Tectonophysics, 246,113-128.
Referências e artigos científicos
Carvalhido, R. (2012). O Litoral Norte de Portugal (Minho-Neiva): evolução paleoambiental quaternária e proposta de conservação do património geomorfológico. Universidade do Minho.
Matte, P. & Ribeiro, A. (1975). Forme et orientation de l'ellipsoïde de déformation dans la virgation hercyenne de Galice. Relations avec le plissement et hypothèses sur la genèse de l'árc ibéro-armoricain. C. R. Acad. Sc. Paris, 280.
Dias, R. & Ribeiro, A. (1995). The Ibero-Armorican Arc: A collision effect against an irregular continent? Tectonophysics, 246,113-128.
Colisão das placas continentais
Movimento das placas continentais entre 500 e 350 milhões de anos atrás
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