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Relíquias do Rheic das Pedras Ruivas

AS SUBIDAS E DESCIDAS DO ATLÂNTICO

Ciclos climáticos

Esta área do Monumento Natural das Pedras Ruivas preserva testemunhos da forma como o último e atual ciclo climático evoluiu, nomeadamente sedimentos, fósseis, plataformas costeiras e geoformas de maior escala.

Apesar dos rochedos que dominam a paisagem se organizarem de forma muito entrecortada, fruto do desgaste sobre a rede de fraturas muito densa existente, sobressaem alguns cujos topos, aplanados à altitude de 5 m denunciam, um nível de praia ancestral, do último interglaciário, fora do alcance do atual mar. Certificam essa origem, os icnofósseis de Paracentrotus lividus, cavidades de habitação do ouriço do mar, organismos tolerantes à variação rápida das condições abióticas como a salinidade, a pressão parcial de oxigénio e a temperatura decorrente de um ciclo de maré, mas sem resistência à dessecação. Determina-se, portanto, a ocupação marinha desses níveis, há 125 mil anos, num momento em que o nível do mar estaria cerca de 20 cm acima do atual. O desnível de cerca de 4.8 m observado explica-se por crises sísmicas, assunto desenvolvido no Monumento Natural Alcantilado de Montedor.

Da evolução climática que se seguiu, no sentido do arrefecimento climático até à glaciação, conservam-se e testemunham os sedimentos lacustres que constituem uma das camadas de sedimentos que cobrem a plataforma litoral até à linha de água, de cor castanha escura. Esta unidade sedimentar depositou-se em depressões das plataformas costeiras ancestrais, com reduzida profundidade, entre há 18000 a 11000 anos, formando um ambiente de lagoa paludosa. Esta lagoa perdurou na paisagem por cerca de 7 mil anos e seria abastecida por águas de fusão primaveril das neves das encostas locais. Dos dados microscópicos identificaram-se pólenes e esporos de algas de água doce, que comprovam a existência de um meio confinado afastado da influência marinha direta.

Esta área do Monumento Natural das Pedras Ruivas preserva testemunhos da forma como o último e atual ciclo climático evoluiu, nomeadamente sedimentos, fósseis, plataformas costeiras e geoformas de maior escala.

Apesar dos rochedos que dominam a paisagem se organizarem de forma muito entrecortada, fruto do desgaste sobre a rede de fraturas muito densa existente, sobressaem alguns cujos topos, aplanados à altitude de 5 m denunciam, um nível de praia ancestral, do último interglaciário, fora do alcance do atual mar. Certificam essa origem, os icnofósseis de Paracentrotus lividus, cavidades de habitação do ouriço do mar, organismos tolerantes à variação rápida das condições abióticas como a salinidade, a pressão parcial de oxigénio e a temperatura decorrente de um ciclo de maré, mas sem resistência à dessecação. Determina-se, portanto, a ocupação marinha desses níveis, há 125 mil anos, num momento em que o nível do mar estaria cerca de 20 cm acima do atual. O desnível de cerca de 4.8 m observado explica-se por crises sísmicas, assunto desenvolvido no Monumento Natural Alcantilado de Montedor.

Da evolução climática que se seguiu, no sentido do arrefecimento climático até à glaciação, conservam-se e testemunham os sedimentos lacustres que constituem uma das camadas de sedimentos que cobrem a plataforma litoral até à linha de água, de cor castanha escura. Esta unidade sedimentar depositou-se em depressões das plataformas costeiras ancestrais, com reduzida profundidade, entre há 18000 a 11000 anos, formando um ambiente de lagoa paludosa. Esta lagoa perdurou na paisagem por cerca de 7 mil anos e seria abastecida por águas de fusão primaveril das neves das encostas locais. Dos dados microscópicos identificaram-se pólenes e esporos de algas de água doce, que comprovam a existência de um meio confinado afastado da influência marinha direta.

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Localização

Praia Norte

Coordenadas

Lat: 41,7009519

Long: -8,8568259

Legenda
Tema
Ponto de interesse

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AS SUBIDAS E DESCIDAS DO ATLÂNTICO

O conhecimento das modificações do nível do mar é fundamental para a compreensão da evolução quaternária dos ambientes de sedimentação, uma vez que estas perturbações influenciam as características dos processos que determinam o fornecimento e distribuição de partículas.

A Superfície de Darque dispõe diversos tipos de sedimentos de ambiente de transição e continental, que documentam condições paleoambientais que foram variando entre o MIS9 (340ka) e o MIS1 (presente).

As unidades sedimentares identificadas neste monumento natural reproduzem evidências dos ambientes à sua deposição:

  • Os Siltes da Cambôa do Marinheiro, datados de idade inferior a 20 ka e até cerca de 13 ka (datação mais recente obtida) (MIS2), mostram que os processos sedimentares se tornaram essencialmente dependentes de drenagem em condições de maior escassez hídrica, que indiciam a progressão e o auge da instalação das condições de frio decorrentes da última glaciação. As condições de drenagem difusa terão contribuído para a formação de corpos lacustres de elevado confinamento, de caráter pantanoso, instalados em depressões pouco profundas da Plataforma Litoral.
  • Os Conglomerados e Areias de Rego de Fontes correspondem à instalação de meios deposicionais com alguma variabilidade de fácies, com datação <13 ka (MIS2/1). Observa-se, na generalidade, o caráter de disponibilidade hídrica episódica, nomeadamente representada na drenagem sob regimes pouco granosselectivos, por vezes torrenciais (grain-flow a debrisflow), evoluindo para fácies associadas a solos encharcados responsáveis por processos solifluxivos.

Referências e artigos científicos

Carvalhido, R. (2012). O Litoral Norte de Portugal (Minho-Neiva): evolução paleoambiental quaternária e proposta de conservação do património geomorfológico. Universidade do Minho.

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