Encontros sobre a Conservação da Natureza apontam os desafios futuros para Viana do Castelo

O primeiro dos “Encontros sobre a Conservação da Natureza” decorreu este sábado em Viana do Castelo, lançando o debate sobre o ponto de situação e os desafios futuros para Viana do Castelo.

A “vulnerabilidade e degradação do património geológico”, as “alterações históricas do habitat do estuário do rio Lima: implicações para comunidades de peixes”, e os “planos de gestão de áreas classificadas” foram os temas abordados por investigadores convidados, que marcaram a agenda de Viana do Castelo no que diz respeito às políticas ambientais que a Câmara Municipal está a levar a cabo.

De referir que Viana do Castelo é o único concelho do país com inventário e caracterização do seu património natural completo, com 4800ha em três áreas classificadas de Rede Natura e 3500ha com 13 Monumentos Naturais Locais classificados, onde estão patentes quatro temas da geodiversidade, nomeadamente a evolução do oceano primitivo, a evolução e instalação de montanhas, a evolução climática e paleoambiental dos últimos 400 mil anos e finalmente a forma como o ser humano evoluiu no espaço natural.

A primeira sessão dos “Encontros sobre a Conservação da Natureza” surge para dar nota dos planos de gestão que estão em curso para a proteção e conservação da natureza, cujos regulamentos incluem os órgãos de gestão, os meios financeiros, técnicos e humanos, mas também regulam os atos que são permitidos ou proibidos nas áreas classificadas.

Importa sublinhar que em 2018 foi implementada a estratégia nacional para a conservação da natureza e biodiversidade, sob três eixos: o reconhecimento e identificação do valor da conservação da natureza, do qual Viana do Castelo tem já o inventário feito e cuja Rede Escolar de Ciência e de Apoio à Investigação Científica tem promovido junto da comunidade escolar; o fomento da apropriação destas áreas pelo tecido económico e empresarial, sobre a qual o Geoparque Litoral de Viana do Castelo tem a missão  de valorizar educativa e turisticamente estas áreas classificadas; e finalmente a melhoria do estado de conservação do património natural, cujos “Encontros sobre a Conservação da Natureza” são um dos  contributos para identificar os locais e medidas que podem ser melhoradas.