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ZEC Serra de Arga (PTCON0039)

Um maciço montanhoso que se destaca na paisagem do concelho.

A Serra d’Arga é o primeiro grande obstáculo aos ventos húmidos vindos do Atlântico, com uma altitude máxima de 825 metros. Nesta zona, o clima não é muito agreste, embora possa ocorrer queda de neve e períodos de geada nos pontos mais altos, apresentando um clima temperado, típico da Região Biogeográfica Atlântica, com um período mais húmido e frio e outro mais quente e seco nos meses de Verão.

Esta Zona Especial de Conservação (ZEC) é constituída por um maciço montanhoso, que se situa entre os vales do Lima e do Coura, e uma zona plana, que corresponde a um vale fluvial de pequenas dimensões – rio Âncora. A 800 metros de altitude, ocorre um planalto com diversas depressões mal drenadas, onde ocorrem mosaicos higrófilos associados a zonas húmidas, cursos de água permanentes e zonas de alagamento temporário.

Nesta ZEC, a floresta espontânea é praticamente inexistente, sendo muito difícil de a distinguir das plantações florestais. No corredor ribeirinho do rio Âncora e nos terrenos envolventes aos terrenos agrícolas das aldeias serranas, ocorre alguma vegetação arbórea autóctone.

Decorrente dos incêndios e das poucas ações de reposição florestal na região, espécies exóticas, como acácias, mimosas e o arbusto Hackea sericea, têm vindo a proliferar de forma significativa e preocupante. Contudo, a ZEC reúne condições de potencial regeneração, assim como um conjunto de biótopos e espécies de conservação prioritária constantes na Directiva Habitats.

Estudos recentes sobre a região (projeto intermunicipal “Da Serra d’Arga à foz do Âncora”, NORTE-04-2114-FEDER-000227, 2019), indicam que 88% dos taxónes de flora vascular encontrados correspondem a plantas autóctones, tendo sido encontradas 32 espécies RELAPE (Raras, Endémicas, Localizadas e Ameaçadas ou em Perigo de Extinção). Destas, constam a chupadeira-do-Minho (Scrophularia bourgaeana), um endemismo ibérico muito raro em Portugal, e a Laserpitium prutenicum subsp. duriananum que, em Portugal, apenas se pode encontrar na Serra d’Arga.

A Zona Especial de Conservação da Serra de Arga estende-se ao longo de 4493 hectares, sendo que 2154 hectares (cerca de 48%) estão dentro do limite do concelho de Viana do Castelo.

Nesta ZEC, ocorrem 10 biótopos do Anexo I da Directiva Habitats, sendo 2 deles considerados prioritários: 4020* - Charnecas húmidas atlânticas temperadas de Erica ciliaris e Erica tetralix e 6230* - Formações herbáceas de Nardus, ricas em espécies, em substratos siliciosos das zonas montanas (e das zonas submontanas da Europa continental)

A Serra d’Arga é o primeiro grande obstáculo aos ventos húmidos vindos do Atlântico, com uma altitude máxima de 825 metros. Nesta zona, o clima não é muito agreste, embora possa ocorrer queda de neve e períodos de geada nos pontos mais altos, apresentando um clima temperado, típico da Região Biogeográfica Atlântica, com um período mais húmido e frio e outro mais quente e seco nos meses de Verão.

Esta Zona Especial de Conservação (ZEC) é constituída por um maciço montanhoso, que se situa entre os vales do Lima e do Coura, e uma zona plana, que corresponde a um vale fluvial de pequenas dimensões – rio Âncora. A 800 metros de altitude, ocorre um planalto com diversas depressões mal drenadas, onde ocorrem mosaicos higrófilos associados a zonas húmidas, cursos de água permanentes e zonas de alagamento temporário.

Nesta ZEC, a floresta espontânea é praticamente inexistente, sendo muito difícil de a distinguir das plantações florestais. No corredor ribeirinho do rio Âncora e nos terrenos envolventes aos terrenos agrícolas das aldeias serranas, ocorre alguma vegetação arbórea autóctone.

Decorrente dos incêndios e das poucas ações de reposição florestal na região, espécies exóticas, como acácias, mimosas e o arbusto Hackea sericea, têm vindo a proliferar de forma significativa e preocupante. Contudo, a ZEC reúne condições de potencial regeneração, assim como um conjunto de biótopos e espécies de conservação prioritária constantes na Directiva Habitats.

Estudos recentes sobre a região (projeto intermunicipal “Da Serra d’Arga à foz do Âncora”, NORTE-04-2114-FEDER-000227, 2019), indicam que 88% dos taxónes de flora vascular encontrados correspondem a plantas autóctones, tendo sido encontradas 32 espécies RELAPE (Raras, Endémicas, Localizadas e Ameaçadas ou em Perigo de Extinção). Destas, constam a chupadeira-do-Minho (Scrophularia bourgaeana), um endemismo ibérico muito raro em Portugal, e a Laserpitium prutenicum subsp. duriananum que, em Portugal, apenas se pode encontrar na Serra d’Arga.

A Zona Especial de Conservação da Serra de Arga estende-se ao longo de 4493 hectares, sendo que 2154 hectares (cerca de 48%) estão dentro do limite do concelho de Viana do Castelo.

Nesta ZEC, ocorrem 10 biótopos do Anexo I da Directiva Habitats, sendo 2 deles considerados prioritários: 4020* - Charnecas húmidas atlânticas temperadas de Erica ciliaris e Erica tetralix e 6230* - Formações herbáceas de Nardus, ricas em espécies, em substratos siliciosos das zonas montanas (e das zonas submontanas da Europa continental)

Rede Natura 2000

Localização

A ZEC Serra de Arga ocupa uma área total de 4493 hectares, abrangendo os concelhos de Caminha (1891 ha), Ponte de Lima (449 ha) e Viana do Castelo (2154 ha).

Coordenadas

Lat: 41,81888607456967

Long: -8,72478059324716

Legenda
Tema
Ponto de interesse

Descubra a Rede Natura 2000

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Rede Natura 2000

Rede Natura 2000

A Rede Natura 2000 é uma rede ecológica para o espaço comunitário da União Europeia criada com o objectivo de assegurar a conservação de habitats e biodiversidade no território comunitário, através da conservação dos biótopos e espécies. Resulta da aplicação da Directiva Aves (79/409/CEE) e Directiva Habitats (92/43/CEE), tendo sido transposta para a legislação portuguesa pelo DL 49/2005, de 24 Fevereiro. Constitui um instrumento de gestão territorial onde são estabelecidas as orientações para a gestão territorial nas ZEC e ZPE, assim como as medidas para a conservação de espécies e habitats.

É formada pelas seguintes áreas classificadas:

  • Zonas de Protecção Especial (ZPE), estabelecidas ao abrigo da Diretiva Aves, voltadas para a protecção de espécies de aves e seus habitats;
  • Zonas Especiais de Conservação (ZEC), estabelecidas ao abrigo da Directiva Habitats, criadas pelos Estados Membros a partir dos Sítios de Importância Comunitária (SIC), às quais são aplicadas as medidas necessárias para a manutenção ou restabelecimento do estado de conservação favorável dos habitats ou das espécies.

Na área abrangida pela Rede NATURA 2000, as actividades humanas devem ser compatíveis com a conservação dos habitats e espécies constantes dos Anexos do DL 49/2005, de 24 Fevereiro, com vista a uma gestão ecologicamente sustentável.

O concelho de Viana do Castelo engloba três áreas naturais de importância comunitária, classificadas no âmbito da Rede Natura 2000, que ocupam 15% do território: ZEC Litoral Norte, ZEC Rio Lima e ZEC Serra D’Arga.

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