Características e génese de tafoni
As rochas, quando sujeitas à ação dos agentes atmosféricos (água, ar, variações de temperatura...) e dos seres vivos, passam por um conjunto de processos físicos e químicos que modificam os seus minerais. Como consequência, as rochas perdem coesão e ocorrem, frequentemente, mudanças na sua coloração. Este conjunto de transformações ou de alteração das rochas que se dá por ação dos agentes meteorológicos designa-se por meteorização. Após a meteorização a rocha tornada incoerente tende a ser removida, ação conhecida por erosão. Na sequência da erosão formam-se saliências na paisagem. Estas saliências ou geoformas podem ser de dimensão variada.
Em raras circunstâncias, ainda não totalmente conhecidas, a meteorização e a posterior erosão dão origem a pequenas cavidades que apresentam o aspeto de um favo de mel. Estas cavidades designam-se por tafoni (palavra de origem italiana que significa perfuração ou janela). Como o nome sugere, o Penedo Furado constitui um caso peculiar de um bloco com uma cavidade desenvolvida no seu interior.
O Penedo Furado é um bloco granítico com cerca de 7 m de comprimento, 3.5 m de largura, 3.5 m de altura, e com um volume aproximado de 55 m3 (Fig. 1). A cavidade interior corresponde a cerca de 9 m3 de rocha que já foi erodida, processo que continua lentamente a ocorrer.
A origem e desenvolvimento desta geoforma parecem estar relacionados com a meteorização, durante a qual terá ocorrido um processo de ataque químico abaixo da superfície topográfica em estreita relação com a rede de fraturas existentes no granito (esqs. A e B).
As paredes interiores laterais e superior estão integralmente modeladas por pequenos alvéolos bem individualizados, por vezes coalescentes, numa forma típica de favo de mel (Fig. 2).
A exposição desta geoforma resulta da remoção da rocha sobrejacente desagregada devido à erosão, num processo comum a muitas áreas graníticas. Junto à base do tafone é possível identificar o bloco caído que inicialmente mantinha a cavidade mais isolada.
Um pouco mais sobre a origem dos tafoni...
A origem e desenvolvimento dos tafoni ainda é alvo de discussão na comunidade científica, sendo atribuídos a vários processos e mecanismos. Sabe-se já, no entanto, que alguns se originam devido à ação da humidade do solo sobre a rocha abaixo da superfície. Alternativamente, muitos tafoni parecem originar-se e desenvolver-se à superfície, de acordo com mecanismos associados à meteorização. O desenvolvimento/alargamento das cavidades nos tafoni faz-se a partir do interior dos mesmos, podendo, no limite, levar ao rompimento da sua “capa” exterior. Variações de temperatura, congelamento e descongelamento da água e cristalização de sais, entre outros, podem ser alguns dos fatores responsáveis pelo alargamento das cavidades. Com o tempo, o invólucro exterior pode mesmo acabar por se ‘romper’. No esquema C podem observar-se diferentes estádios de desenvolvimento de um tafone.
As rochas, quando sujeitas à ação dos agentes atmosféricos (água, ar, variações de temperatura...) e dos seres vivos, passam por um conjunto de processos físicos e químicos que modificam os seus minerais. Como consequência, as rochas perdem coesão e ocorrem, frequentemente, mudanças na sua coloração. Este conjunto de transformações ou de alteração das rochas que se dá por ação dos agentes meteorológicos designa-se por meteorização. Após a meteorização a rocha tornada incoerente tende a ser removida, ação conhecida por erosão. Na sequência da erosão formam-se saliências na paisagem. Estas saliências ou geoformas podem ser de dimensão variada.
Em raras circunstâncias, ainda não totalmente conhecidas, a meteorização e a posterior erosão dão origem a pequenas cavidades que apresentam o aspeto de um favo de mel. Estas cavidades designam-se por tafoni (palavra de origem italiana que significa perfuração ou janela). Como o nome sugere, o Penedo Furado constitui um caso peculiar de um bloco com uma cavidade desenvolvida no seu interior.
O Penedo Furado é um bloco granítico com cerca de 7 m de comprimento, 3.5 m de largura, 3.5 m de altura, e com um volume aproximado de 55 m3 (Fig. 1). A cavidade interior corresponde a cerca de 9 m3 de rocha que já foi erodida, processo que continua lentamente a ocorrer.
A origem e desenvolvimento desta geoforma parecem estar relacionados com a meteorização, durante a qual terá ocorrido um processo de ataque químico abaixo da superfície topográfica em estreita relação com a rede de fraturas existentes no granito (esqs. A e B).
As paredes interiores laterais e superior estão integralmente modeladas por pequenos alvéolos bem individualizados, por vezes coalescentes, numa forma típica de favo de mel (Fig. 2).
A exposição desta geoforma resulta da remoção da rocha sobrejacente desagregada devido à erosão, num processo comum a muitas áreas graníticas. Junto à base do tafone é possível identificar o bloco caído que inicialmente mantinha a cavidade mais isolada.
Um pouco mais sobre a origem dos tafoni...
A origem e desenvolvimento dos tafoni ainda é alvo de discussão na comunidade científica, sendo atribuídos a vários processos e mecanismos. Sabe-se já, no entanto, que alguns se originam devido à ação da humidade do solo sobre a rocha abaixo da superfície. Alternativamente, muitos tafoni parecem originar-se e desenvolver-se à superfície, de acordo com mecanismos associados à meteorização. O desenvolvimento/alargamento das cavidades nos tafoni faz-se a partir do interior dos mesmos, podendo, no limite, levar ao rompimento da sua “capa” exterior. Variações de temperatura, congelamento e descongelamento da água e cristalização de sais, entre outros, podem ser alguns dos fatores responsáveis pelo alargamento das cavidades. Com o tempo, o invólucro exterior pode mesmo acabar por se ‘romper’. No esquema C podem observar-se diferentes estádios de desenvolvimento de um tafone.
Esq. A - Perfil típico de meteorização em granito condicionado pela fraturação (Migon, 2006, modificado deRuxton e Berry, 1957).
Esq. B - Evolução de um relevo granítico por ação meteorização condicionada pelas fraturas e da erosão.
Esq. C - Estádios de desenvolvimento de um tafone.
Localização
Monte da Meadela
Coordenadas
Lat: 41,7211544
Long: -8,805648
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Esq. A - Perfil típico de meteorização em granito condicionado pela fraturação (Migon, 2006, modificado deRuxton e Berry, 1957).
Esq. B - Evolução de um relevo granítico por ação meteorização condicionada pelas fraturas e da erosão.
Esq. C - Estádios de desenvolvimento de um tafone.
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