O granito forma-se em profundidade e apresenta características que refletem as condições físico-químicas em que se originou. Devido aos movimentos tectónicos e erosão das camadas superiores, o granito aflora à superfície em grandes maciços rochosos, ficando exposto a condições ambientais distintas das do local em que se formou, nomeadamente pressão e temperatura. Esta alteração ambiental pode originar famílias de diáclases ortogonais (perpendiculares entre si) que permitem a infiltração de águas que posteriormente vão reagir com os minerais que constituem o granito. A alteração da rocha é mais rápida no vértices e arestas pois são áreas mais expostas à circulação da água. Esta alteração dá origem a "núcleos" de rocha sã envolvidos por uma matriz de material desagregável e friável que retém a humidade em torno dos núcleos de rocha sã, contribuindo para a progressão da alteração para as zonas mais internas dos blocos. Posteriormente a água exerce a sua ação erosiva e de transporte removendo as areias, deixando os blocos in situ.