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Rede de laboratórios instalada em escolas de Viana vai juntar 30 investigadores a 3.000 alunos

A 10 de janeiro vai ser inaugurada uma rede de laboratórios instalada nas sedes de sete agrupamentos escolares do concelho de Viana do Castelo, juntando cerca de 30 investigadores a 3.000 alunos do 1º ciclo até ao ensino secundário. A informação foi avançada esta quinta-feira à Geice por Ricardo Carvalhido, vereador com os pelouros do Ambiente e Biodiversidade, Ciência, Inovação e Conhecimento, revelando que este é um projeto entusiasmante que vai permitir aos alunos do concelho lidarem com cientistas de várias zonas do país.

“Vamos inaugurar a 10 de janeiro a Rede Escolar de Ciência e de Apoio à Investigação Científica. São sete laboratórios que vão estar instalados nas escolas sede de agrupamento. Cada escola sede de agrupamento vai ter um laboratório instalado – Santa Maria Maior, Monte da Ola, Monserrate, Pintor José de Brito, Arga e Lima, Barroselas e Abelheira”, indicou o responsável, explicando que será “um laboratório a sério”. “São laboratórios com potencial tecnológico que não se sente envergonhado em relação ao potencial tecnológico que está instalado nas nossas universidades”, reforça, indicando que são recheados com material na ordem dos 120 mil euros, e dizendo que “queremos claramente tornar o nosso território atrativo do ponto de vista científico, para que os investigadores investiguem cá e dediquem parte do seu esforço de investigação em Viana do Castelo”.

A ideia será que os investigadores possam efetuar parte do seu trabalho nos laboratórios instalados nas escolas de Viana do Castelo, que já reservaram salas “apenas para acolherem” estes laboratórios. “O objetivo é que os nossos alunos contactem com os investigadores, porque vão estar no mesmo espaço”, declarou, dizendo que os estudantes “vão perceber o que é o pensamento científico”.

Para este projeto o município de Viana vai trabalhar com centros de investigação como o CIIMAR – Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental e o IB-S – Instituto de Ciência e Inovação para a Bio-Sustentabilidade da Universidade do Minho, para que este seja um “consórcio científico” que também vai contar com o Instituto Politécnico de Viana do Castelo, entre outros parceiros. Viana também quer trabalhar com a Galiza, até porque “do ponto de vista da geologia, da biologia, da evolução humana, da arqueologia, as fronteiras entre países não existem”. Os dois focos vão ser a costa e o estuário de Viana do Castelo.

Ricardo Carvalhido diz que tiveram uma “resposta fabulosa” dos docentes de Viana no que toca à flexibilização da gestão curricular, já que 25% da gestão ficou a cargo das escolas, que podem “adaptar o currículo ao meio em que estão”. A autarquia reuniu com os professores, cerca de 1.200, entre rede pública e privada, para apresentar esta Rede Escolar de Ciência e de Apoio à Investigação Científica e indicou que os alunos do concelho vão poder aproveitar “potencial tecnológico”, sendo que a autarquia solicita aos professores que “derrubem os muros entre as salas de aula” e lecionem mais “fora de portas”, utilizando “os exemplos que têm ao seu redor, o património de Viana do Castelo”.

“Vamos dar possibilidade aos professores para que lecionem a partir daquilo que é a nossa identidade, o nosso património. Vão ter condições para ir ao local, para depois regressarem ao laboratório e produzirem conhecimento científico em conjunto com os investigadores”, frisou o vereador.

A 10 de janeiro a rede de laboratórios será oficialmente lançada.

 

FONTE: Rádio Geice

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